quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Elementos básicos da Comunicação Visual


Elementos Básicos da Comunicação Visual 


Os elementos básicos da comunicação visual constituem a substancia básica do que vemos. Uma das maneiras de se analisar uma obra visual, consiste em decompô-la em seus elementos constituintes para compreender melhor o conjunto. 

Estes elementos podem ser classificados em: conceituais, visuais e relacionais.

O Ponto

O ponto é comunicação visual mais básica, qualquer ponto representa sobre nós um enorme poder de atração, independentemente de ter sido feito pelo homem ou de fazer parte da natureza.
Os pontos ligam-se, tornando-se capazes de nos dirigir o olhar. Quando em grande número e o mais aplicado possível, criam a ilusão de cor.
A capacidade única que uma série de pontos tem de conduzir o olhar é intensificada pela maior proximidade destes elementos.



A Linha

Quando os pontos estão próximos entre si torna-se impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direção, e este conjunto de pontos transforma-se em outro elemento de comunicação, a linha.
Nas artes visuais, a linha tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Caracteriza-se por nunca ser estática, mas apesar de possuir liberdade e flexibilidade, tem um propósito e direção (precisa e rigorosa). 




A Forma

A linha descreve uma forma, sendo que existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas possui características específicas, e atribuísse a  cada uma significados, uns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros devido a percepções psicológicas e fisiológicas.
 O quadrado está associado ao enfado, honestidade, integridade e perfeição; o triângulo liga-se a ação, conflito, tensão; o círculo representa infinitude, proteção.




A Direção

As formas básicas expressam três direções visuais elementares: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.
Cada direção visual tem um forte significado associativo e é utilizado como importante ferramenta para a criação de mensagens visuais.

A referência horizontal – vertical encaminha para um sentido de estabilidade e equilíbrio. 

A diagonal possui uma força direcional mais instável. 
As forças direcionais curvas têm significados associados a abrangência e à repetição.


O Tom

Só é possível ver o que é escuro porque está próximo do que é claro, da mesma forma que só vemos algo que é claro quando existe algo perto do que é escuro.
Quando observamos os elementos básicos da comunicação visual percebemos que só existe luz verdadeira quando observamos a natureza, pois nas artes gráficas, na pintura, na fotografia e no cinema o que existe é uma simulação do tom natural. 

Entre a luz e a escuridão na natureza existe centenas de gradações tonais específicas, mas essas gradações são muito mais limitadas nas artes gráficas e na fotografia.




A Cor

A cor é um elemento de comunicação visual de grande relevância pois está completa de informação, o que permite uma experiência visual.
Cada uma das cores possui significados associativos e simbólicos, permitindo a existência de uma vasta lista de significados para o “alfabetismo visual”.
A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas.
Matiz ou croma, é a cor em si, e existe em número superior a cem. Existem três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul. Cada um representa qualidades fundamentais. O amarelo é a cor que se considera mais próxima da luz e do calor; o vermelho é a mais ativa e emocional; o azul é passivo e suave. O amarelo e o vermelho tendem a expandir-se; o azul, a contrair-se. Quando estas cores são associadas através de misturas é possível a obtenção de novos significados. O vermelho, um matiz provocador, é abrandado ao misturar-se com o azul, e intensificado ao misturar-se com o amarelo. As mesmas mudanças de efeito são obtidas com o amarelo, que se suaviza ao se misturar com o azul.

A segunda dimensão da cor é a saturação, que é a pureza relativa de uma cor. A cor saturada é simples, quase uma característica primitiva e compõe-se por matizes primários e secundários. As cores menos saturadas levam à sua neutralidade cromática, e até mesmo à ausência de cor, sendo subtis e repousantes. Quanto mais intensa ou saturada for a coloração de um objeto ou acontecimento visual, mais carregado estará de expressão e emoção.
A terceira dimensão da cor é a cromática. É o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor.
A compreensão da cor é o mais emocional dos elementos específicos do processo visual, pois possui grande força e pode ser usada para expressar e realçar a informação visual.

 Além do significado cromático facilmente modificável da cor, cada um de nós tem suas preferências pessoais por cores específicas. 




A Textura

 A textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. 

Na verdade, porém, podemos reconhecer a textura tanto através do tato quanto da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos.

 É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas ópticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um determinado tecido ou dos traços sobrepostos de um esboço.

 Onde há uma textura real, as qualidades táteis e ópticas existem, mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação individual, ainda que projectemos sobre ambos um forte significado associativo.





A Dimensão

Apesar de a dimensão existir no mundo real, em representações bidimensionais como por exemplo o desenho, o cinema, a pintura e a fotografia não existe essa dimensão real, sendo esta apenas implícita. 

A ilusão de dimensão pode ser adquirida através da técnica da perspectiva, em que os seus efeitos podem ser reforçados através da utilização do tom e da enfatização da luz e da sombra.

A dimensão real é o elemento dominante no desenho industrial, no artesanato, na escultura e na arquitectura, e em qualquer material visual em que se lida com o volume total e real. 

Esse é um problema de enorme complexidade, e requer capacidade de pré-visualizar e planear em tamanho natural. 





A Escala

Todos os elementos básicos da comunicação visual são capazes de se modificar e se definir uns aos outros através de um processo de escala. 

O grande não pode existir sem o pequeno. Em termos de escala, os resultados visuais são relativos, pois estão sujeitos a várias modificações. 

O que antes era pequeno pode passar a ser grande se existe uma modificação visual no ambiente que o condiciona a tal.





O Movimento

O elemento básico da comunicação visual representada pelo movimento encontra-se mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. Enquanto a ilusão de textura parece real devido ao uso de uma intensa ostentação de detalhes, a ilusão de movimento acontece graças ao uso da perspectiva, luz e sombra intensificadas.
O movimento como componente visual é dinâmico, sendo que o objetivo principal da criação de imagens e formas é a materialização do homem.
Todos os elementos básicos de comunicação visual, o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento são os componentes essenciais dos meios visuais.




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